quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Comentários sobre o Meu Relato de parto

Comentários da amiga Letícia sobre meu Relato de parto:

“Gostei muito do seu relato de parto. É muito bom ver como as pessoas enxergam o seu parto. Sinto que você está tão feliz com o parto, com o nascimento da Ana, com a maternidade, que não tenho o que dizer, a não ser parabenizar! Você realmente é uma pessoa especial, uma mulher de fibra, batalhadora, não desistiu da maternidade, fez escolhas conscientes e ainda faz, apesar de todas as dificuldades. Você é um mulherão!!!!! Inspiração para muitas, doce na medida certa e uma baita mãe! Ana pode contar com você para seguir na jornada dela!!!!

Eu queria fazer alguns comentários, mais para você ter consciência deles ... se bem que acho que já tem, mas não custa. Acho que seu médico, por tudo que você me contou é um homem especial. Ainda quero conhecê-lo. Acho que ele foi fundamental na manutenção das duas coisas mais importantes aqui: sua vida e da Ana. Isso não tem preço, não tem o que dizer, a não ser agradecer por Deus ter inspirado e ele ter tido as decisões e ações corretas na hora em que mais precisava.

Porém, eu acredito que os médicos, inclusive ele, aprenderam errado na faculdade. E com isso, fazem algumas coisas que atrapalham o transcorrer tranqüilo do parto. Explico logo abaixo. E ... tenho a expectativa que, no seu próximo parto, se você for ter outro filho, você possa ter uma experiência ainda mais engrandecedora, sem esses sustos todos que você passou e que cada etapa da sua vida sirva para seu crescimento pessoal!”

Novas aquisições do vocabulário...

Minha Pequena está cada dia mais falante e repete tudo, ou quase tudo, que pedem para ela...
Vejam:

Bubu = Bruno = Papai (De vez em quando ela chama o Pai pelo nome...E fica rindo depois)
Paty = Paty (com o I bem acentuado)
Pampam = Pâmela
Gado = Obrigado (Aperfeiçoou o Dato...rrsr)
Yan = Yan (primo)
Nenêm = Para todas as bonecas
Vavalo = Cavalo
Acei = Achei

E várias outras que vou lembrando e colocando aqui.
Está cada dia mais pecinha rara...

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Ana Cheia de graça...

Ana está cada dia mais sapeca, engraçadinha e inteligente. Sei, vão pensar que é declaração de mãe coruja...
Com seus poucos 1 ano e 4 meses já está falando várias palavras em sua língua de bebê...

Mamã
Papaiiii
Papá = Serve para quando quer mamar no peito e quando quer comidinha
Tintinho = Dindinho
Dá = Dar e Toma
Dato = Obrigado
Tá teitá = Vai deitar (Para o cachorro)
Titia
Bobó = Vovó
Bobô = Vovô
Bê = Bernardo
Oh!!!
Shiiii = Para não fazer barulho

Cada dia uma nova descoberta e um novo mundo se abre à sua frente; cheio de possibilidades e desafios.

Amo cada dia de descoberta!

Cartas à Ana - n° 02




22 de dezembro de 2011.
Ana,
Como é gostoso acordar pela manhã e ver seu sorriso lindo...
Um carinha de satisfação pela noite grudada na mãe, uma carinha linda de criança amada e respeitada em suas necessidades.
Sabe filhinha, eu estava muito incomodada por não ter conseguido desmamá-la de madrugada até hoje; e você já tem 1 ano e 4 meses. Andava justificando para todos que sozinha não conseguiria, pensei em contratar uma enfermeira para me ajudar. Mas resolvi desencanar e deixar o tempo agir. E sabe que tem funcionado?! Você já não acorda querendo só mamar.  Às vezes quer sentir minha mão sobre você, encosta a cabeça no papai e volta a dormir. Noite passada acordou, sentou na cama, me deu dois beijinhos estalados no rosto e deitou com um lindo sorriso no rosto. E eu acabei demorando para voltar a dormir pois não conseguia despregar o olho de você. Aproveitei para agradecer mais uma vez a Deus por este presente.
Esses são momentos em que me sinto completa! Plena e feliz por você e pela nossa história.
Te amo imensamente! Mamãe

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Pai de Menina...

Ana está na fase de brincar de bonecas; gosta de cuidar, fazer dormir, limpar o nariz, o ouvido, passar creme e tomar banho junto com elas. Cada dia leva uma; a Glorinha, o Thor, a Caquinha.
Uma graça ver Minha Pequena fantasiando...

Tenho observado muito quando ela fica com o pai e fico de longe ouvindo os dois interagindo.
Bruno tem sido um pai babão e como digo a ele, chega a ser chato em alguns momentos...Rsrsrs
"Dá beijinho no papai". "Deixa papai dar um beijinho". Essas duas frases são repetidas centenas de vezes no final de semana, que é quando eles ficam mais tempo juntos.

Ser pai de menina é estender um paninho e ensinar a Ana a enrolar a boneca, tomar banho com a Ana e a boneca e lavar a "peleleca" da boneca, o cabelinho e ajudar a secar...
Ser pai de menina é dengar muito a cria, conversar mansinho e encher ela de beijos...
Ser pai de menina é poder receber vários beijos na boca para acordar pela manhã...

Tenho curtido muito tudo isso. Como numa propaganda veiculada há algum tempo, daqui a pouco a Ana vai passar maquiagem no pai. E tenho certeza que ele vai achar a maior graça.

Ser pai de menina é uma delícia!


sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Dia a dia...

Saindo para ir para a Escola hoje encontramos com a Zefa, faxineira do prédio, que olha para a Ana e fala:

"-Que linda que você está!"

E ela toda cheia de pose começa a pegar a blusinha e saia do uniforme e mostrar com a cara mais linda e engraçadinha do mundo...

Detalhe: O uniforme é usado e foi doação da mãe de uma coleguinha da sala do maternal dela. Não é novo, está cheio de bolinhas, mas ela se acha dentro dele.
Legal a satisfação que ela demonstrou.
Minha Pequena já é uma pequena vaidosa como uma menina pode ser...

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Cartas à Ana - n° 01

Ana,
Essa noite você chorou muito...
Tentei acalmá-la com meu peito, tentei abraçá-la e nada resolvia. Acho que são os inúmeros dentões nascendo em sua boquinha tão pequenina. Além da tosse insistente que te incomoda tanto.
Esses momentos deixam a mamãe preocupada, sem saber se poderia fazer algo a mais, sem saber se faz o suficiente. Mas quero que saiba, meu amor, que sempre estarei por perto para acalentá-la e aliviar suas dores físicas e emocionais.
Às vezes me sinto cansada, sempre com peitos de fora a consolar suas dores físicas, mas lembro do quanto esse ato é importante para reforçar nossos laços de amor e o quanto meus braços e colo são seu porto seguro.E o cansaço vai embora, passo uma pomadinha para hidratar os seios e começo tudo de novo. Apesar das inúmeras pessoas dizendo para desmamá-la e muitas vezes me sentindo sozinha nessa maternagem, sei que você ainda precisa disso e eu também.

Mamãe te ama!

Parto da Ana...

RELATO DE PARTO DA ANA

O desejo de ser mãe sempre fez parte de mim e desde sempre gosto de cuidar de bebês e crianças. É um desejo de menina, um sonho que ia muito além do sonho de ser Psicóloga ou de ter qualquer outra profissão. Um desejo de ver a barriga crescendo e de sentir um serzinho se formando dentro de mim.
Quando conheci o Bruno e quando começamos a pensar em casar, logo revelei este desejo para que ele soubesse que para mim era fundamental que ele também quisesse.
Nos casamos  no dia 04/03/2006 e eu sempre tive uma única certeza: Eu ia ser mãe!
Parei de tomar remédio três meses após o casamento, mas após 8 meses de tentativas resolvemos fazer alguns exames e descobrimos alguns problemas que impediam a gravidez. Nessa época os sentimentos eram confusos; tristeza, raiva pela não realização, angústia e muita ansiedade. Procuramos ajuda especializada e estávamos nos preparando para a inseminação artificial quando eu resolvi retomar minha vida independente de estar grávida, cuidar de mim e do meu casamento e mudar um pouco o foco.
Havia engordado muito e em março de 2009 procurei ajuda para emagrecer. O foco mudou. Eu ainda queria muito ser mãe, mas meu desejo era estar bem comigo para quando este momento chegasse. Durante 9 meses reeduquei minha alimentação, perdi 24 kg e quando menos esperava, engravidei.
Fiz tudo como eu sonhava para contar ao Bruno e familiares. Após exame de farmácia e de sangue positivos, tirei xerox do resultado, comprei lembrancinhas para todos e fui para casa. Momento de muita alegria e a certeza de um futuro ainda melhor…
Minha gravidez correu tranquila, apesar de ter engordado e trabalhado muito. Fiz hidroginástica durante parte dela e me sentia muito feliz e bem humorada durante todo o dia e noite. Me sentia completa, recebia sorriso de todos, amava sentir meu bebê se mexendo e me enchendo com sua vida. Tive  pequenos incômodos em fases diferentes da gravidez, como enjôos matinais e noites sem dormir. Mas minha gravidez foi só benção.
Quando descobrimos o sexo, foi uma alegria e a preparação para a chegada da pequena Ana se intensificou. Queria que tudo estivesse preparado para a chegada dela; nada de luxo, mas tudo feito com muito carinho… E fundamental; que fosse muito alegre!
Duas semanas antes da Ana nascer comecei a trabalhar de casa; a barriga já pesava, os pés começaram a inchar. Falava com a equipe de casa, faiza laudos e me conectava cada dia mais com a minha pequena Ana.
No dia 12/08 acordei com muito sono e muito cansada. Lembro que o Bruno ficou me perguntando algumas coisas em relação ao trabalho e eu demorei e responder. Às 7.30h fui fazer xixi e senti um liquido quente e em maior quantidade, mas achei que fosse só xixi. Comecei a fazer um laudo psicológico, recebi um e-mail do Bruno com os dizeres abaixo e morri de rir.

Oi Preta obrigado!

Já encaminhei para o Christian.

É hoje 21:50...........

Será? Voltei para a cama para ler um pouco e acabei adormecendo. Acordei 10.30h com a cama toda molhada. Minha bolsa havia rompido. Liguei para o Bruno e pedi que ele me buscasse. Liguei para meu medico e ele pediu que eu fosse ao consultório para ele avaliar. Tomei um banho, cantei e conversei com a Ana. Disse que eu estava preparada para recebê-la e que não via a hora de ver seu rostinho. Me arrumei com o vestido que queria, coloquei um absorvente, mas precisava de uma fralda geriátrica (rsrsrsr). Cheguei ao consultório por volta das 12.30h; feliz da vida, sorrindo, apesar das pequenas e suportáveis contrações. Dr. Jeferson fez o toque e acabou de romper a bolsa. Eu estava com 3 cm de dilatação. Fui para o Hospital da Unimed com todas as orientações prescritas por ele; não raspar, não colocar no soro. O atendimento demorou e eu andava de um lado para outro do corredor com um misto de ansiedade e alegria. Não sentia medo, só alegria…Bruno ao meu lado, cuidando da parte burocrática e da papelada.
Entrei mais ou menos às 13.30h na sala de pré parto e fui examinada por uma médica que disse que eu continuava com 3 cm de dilatação. Coloquei a roupa do hospital e fiquei andando pelo quarto, fazendo agachamento e respirando fundo a cada contração. Mainha chegou e foi minha doula. Massageou minhas costas, me disse palavras de incentivo e cuidava para que eu ficasse confiante. Aos poucos todos foram chegando; painho, sogro e sogra, Paloma, Lisa. E eu, só alegria… Retocando o gloss, apesar da toquinha enfeiando… queria estar bem para a chegada da minha Ana. (Sim, sou muito vaidosa e queria estar bonita, porque sei que assim iria amar ver as fotos de nós duas juntas).
Dr. Jeferson chegou às 15.30h e encheu o quarto de mais alegria. Brincava com as enfermeiras, com as outras grávidas, ria junto com o Bruno e a cada exame de toque fazia uma brincadeira para aliviar a dor. Não sei ao certo quanto tempo ficamos medindo a dilatação e o tempo das contrações, mas ele achou melhor entrar com a ocitocina para acelerar o processo. As dores aumentaram e eu preferi ficar deitada por causa do incômodo do soro. Também não consigo medir o tempo que demorei para ir para a sala de parto, mas já estava com 6 cm de dilatação e doía muito. O anestesita foi me atender, era um medico tranquilo e placido.  Apertei tão forte a mão da enfermeira, tadinha…
Começamos o trabalho. Posição mega desconfortável e a instrução de fazer força…apesar da dor, a sala de parto era só alegria com as brincadeiras do Dr. Jeferson. Ele chamava o Bruno toda hora para ver a cabecinha da Ana e deixava o ambiente confortável, apesar das circunstâncias e do entra e sai que me incomadaram no início. Achei melhor não chamar a família para assistir ao parto, achei que ficaria ainda mais incomodada com tanta gente me vendo sentindo dor, de pernas abertas e para o ar. Pedi à enfermeira que só chamasse depois que a Ana nascesse. Não sei quanto tempo passou, mas Dr. Jeferson começou a ficar preocupado com a demora. Disse que os batimentos cardíacos da Ana diminuiam e ela havia feito cocozinho e que isso era sinal de sofrimento fetal. Nessa hora já haviam outros dois obstetras no quarto que me ajudavam com a tal “força certa”. Doía muito e um medo de que desse errado começou a tomar conta de mim… Olhei para o Bruno que também demonstrava o mesmo medo, mas ela estava encaixadinha e só dependia de mim. Lembro que numa dessas forces gritei de dor e Dr. Jeferson falou assim: “Não é hora disso, sua filha precisa de você para nascer.”

Na próxima força, senti a cabeça descendo e me abrindo completamente até que ela saiu. NASCEU! NASCEU! Senti os ombros saindo, um depois o outro, e o corpo escorregar de dentro de mim. MINHA FILHA CHEGOU!!!

Essa emoção é difícil descrever;  êxtase, felicidade, uma sensação de estar  completa. Não há mais dor nenhuma, só alegria. A sala se encheu de uma alegria barulhenta, agitada e boa. Recebi vários beijos, inúmeros parabéns e meu coração se encheu…
Eu me curvei para vê-la chegando e cortei o cordão umbilical. Uma boca linda, chorando muito, um narizinho pequenino, linda e perfeita!!!

O Bruno estava chorando e eu não conseguia parar de rir e nem de olhar pra ela.

Ana nasceu às 20.33h do dia 12/08 (como o pai profetizou), numa quinta feira de lua nova, com  2,965kg e 49 cm, uma circular no pescoço que não foi problema para ela.
Hoje sei que muitos procedimentos não precisavam ter sido feitos, mas na hora só pensava em ajudar minha filha nascer e tive que confiar na equipe médica que cuidava de mim e da Ana.
Nessa hora chegaram as avós e a madrinha no vidro da sala. Eu só sabia rir e dizer que ela era linda. Repetia que o Bruno deveria tirar fotos e filmar… Estava totalmente consciente, inteira e pronta para recebê-la.

Colocaram a Ana no meu colo e ela olhava fundo nos meus olhos, sem chorar, como se quisesse dizer: “Cheguei. Você vai cuidar de mim?” Claro que vou filha, para sempre!Mamou um pouquinho e em seguida foi para os cuidados médicos. Já havia combinado com o Bruno que ele fosse atrás e não perdesse ela de vista.

Meu médico passou a cuidar de mim, costurar e episiotomia e esperar e placenta descer. Também não sei quanto tempo ele esperou, mas vieram vários medicos e enfermeiras que massageavam meu útero para que a placenta descesse. E nada…Eu não entendia a gravidade do que estava acontecendo, até meu médico me dizer que precisaria me abrir, isso mesmo, me abrir para tirar a placenta, pois ele não sabia o que estava acontecendo lá dentro e só tinha 30 minutos para finalizar a “operação”. Nessa hora eu chorei…Chorei pois tive medo da Ana ficar sem mim, tive medo da cirurgia, medo de morrer e uma frustração, pois havia lutado tanto para que ela nascesse de Parto normal e agora precisaria de uma cirurgia? Dr. Jeferson chamou o Bruno e lembro de ouvir o Bruno perguntar assim: “Mas não tem risco não né?” E Dr. Jeferson: “Tem risco sim.” A partir daí não lembro de mais nada, apenas de acordar perguntando pela Ana, querendo pegá-la nos braços.  Depois que tudo acabou meu médico explicou que eu tinha acretismo placentário e que ele teve receio de ter que retirar meu útero.

Quando saí da sala de parto já era quase meia noite. Eu havia ficado quase 3 horas longe da minha filha em seus primeiros momentos de vida. Apesar de sentir muito frio, sono e tremer muito por causa das inúmeras anestesias (Tomei geral, peridural, rack e local), quis que a Ana fosse colocada em meus braços e ela mamou como se já fizesse isso há muito tempo. Chorei olhando prá ela e agradeci a Deus por estar viva. Também não faço ideia de quanto tempo fiquei ali na sala de observação com a Ana nos braços. Eu tremia tanto que pedi ao Dr. Jeferson para colocar alguma coisa ao lado da maca para proteger a Ana. Subi para o quarto às 00.30h e a partir daí uma nova história começava a três. E uma alegria cada dia maior tomava conta de nossas horas!

A Ana é só benção em nossas vidas, um anjinho, um presente, uma alegria constante!

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Por que um blog?

Acompanho vários blogs; sobre moda, sobre maternidade, recursos humanos e alguns sobre mães e filhos...De tanto acompanhar e pensando no quanto minha Pequena é cheia de graça, resolvi criar este blog para ela.

Enquanto Ana ainda não fala, vou postar reflexões sobre a maternagem, cartas para ela ler quando crescer, vídeos e fotos engraçadinhas...Depois, quando vierem as primeiras palavras e as muitas descobertas, elas ficarão aqui registradas. Para a eternidade.