quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Pai de Menina...

Ana está na fase de brincar de bonecas; gosta de cuidar, fazer dormir, limpar o nariz, o ouvido, passar creme e tomar banho junto com elas. Cada dia leva uma; a Glorinha, o Thor, a Caquinha.
Uma graça ver Minha Pequena fantasiando...

Tenho observado muito quando ela fica com o pai e fico de longe ouvindo os dois interagindo.
Bruno tem sido um pai babão e como digo a ele, chega a ser chato em alguns momentos...Rsrsrs
"Dá beijinho no papai". "Deixa papai dar um beijinho". Essas duas frases são repetidas centenas de vezes no final de semana, que é quando eles ficam mais tempo juntos.

Ser pai de menina é estender um paninho e ensinar a Ana a enrolar a boneca, tomar banho com a Ana e a boneca e lavar a "peleleca" da boneca, o cabelinho e ajudar a secar...
Ser pai de menina é dengar muito a cria, conversar mansinho e encher ela de beijos...
Ser pai de menina é poder receber vários beijos na boca para acordar pela manhã...

Tenho curtido muito tudo isso. Como numa propaganda veiculada há algum tempo, daqui a pouco a Ana vai passar maquiagem no pai. E tenho certeza que ele vai achar a maior graça.

Ser pai de menina é uma delícia!


sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Dia a dia...

Saindo para ir para a Escola hoje encontramos com a Zefa, faxineira do prédio, que olha para a Ana e fala:

"-Que linda que você está!"

E ela toda cheia de pose começa a pegar a blusinha e saia do uniforme e mostrar com a cara mais linda e engraçadinha do mundo...

Detalhe: O uniforme é usado e foi doação da mãe de uma coleguinha da sala do maternal dela. Não é novo, está cheio de bolinhas, mas ela se acha dentro dele.
Legal a satisfação que ela demonstrou.
Minha Pequena já é uma pequena vaidosa como uma menina pode ser...

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Cartas à Ana - n° 01

Ana,
Essa noite você chorou muito...
Tentei acalmá-la com meu peito, tentei abraçá-la e nada resolvia. Acho que são os inúmeros dentões nascendo em sua boquinha tão pequenina. Além da tosse insistente que te incomoda tanto.
Esses momentos deixam a mamãe preocupada, sem saber se poderia fazer algo a mais, sem saber se faz o suficiente. Mas quero que saiba, meu amor, que sempre estarei por perto para acalentá-la e aliviar suas dores físicas e emocionais.
Às vezes me sinto cansada, sempre com peitos de fora a consolar suas dores físicas, mas lembro do quanto esse ato é importante para reforçar nossos laços de amor e o quanto meus braços e colo são seu porto seguro.E o cansaço vai embora, passo uma pomadinha para hidratar os seios e começo tudo de novo. Apesar das inúmeras pessoas dizendo para desmamá-la e muitas vezes me sentindo sozinha nessa maternagem, sei que você ainda precisa disso e eu também.

Mamãe te ama!

Parto da Ana...

RELATO DE PARTO DA ANA

O desejo de ser mãe sempre fez parte de mim e desde sempre gosto de cuidar de bebês e crianças. É um desejo de menina, um sonho que ia muito além do sonho de ser Psicóloga ou de ter qualquer outra profissão. Um desejo de ver a barriga crescendo e de sentir um serzinho se formando dentro de mim.
Quando conheci o Bruno e quando começamos a pensar em casar, logo revelei este desejo para que ele soubesse que para mim era fundamental que ele também quisesse.
Nos casamos  no dia 04/03/2006 e eu sempre tive uma única certeza: Eu ia ser mãe!
Parei de tomar remédio três meses após o casamento, mas após 8 meses de tentativas resolvemos fazer alguns exames e descobrimos alguns problemas que impediam a gravidez. Nessa época os sentimentos eram confusos; tristeza, raiva pela não realização, angústia e muita ansiedade. Procuramos ajuda especializada e estávamos nos preparando para a inseminação artificial quando eu resolvi retomar minha vida independente de estar grávida, cuidar de mim e do meu casamento e mudar um pouco o foco.
Havia engordado muito e em março de 2009 procurei ajuda para emagrecer. O foco mudou. Eu ainda queria muito ser mãe, mas meu desejo era estar bem comigo para quando este momento chegasse. Durante 9 meses reeduquei minha alimentação, perdi 24 kg e quando menos esperava, engravidei.
Fiz tudo como eu sonhava para contar ao Bruno e familiares. Após exame de farmácia e de sangue positivos, tirei xerox do resultado, comprei lembrancinhas para todos e fui para casa. Momento de muita alegria e a certeza de um futuro ainda melhor…
Minha gravidez correu tranquila, apesar de ter engordado e trabalhado muito. Fiz hidroginástica durante parte dela e me sentia muito feliz e bem humorada durante todo o dia e noite. Me sentia completa, recebia sorriso de todos, amava sentir meu bebê se mexendo e me enchendo com sua vida. Tive  pequenos incômodos em fases diferentes da gravidez, como enjôos matinais e noites sem dormir. Mas minha gravidez foi só benção.
Quando descobrimos o sexo, foi uma alegria e a preparação para a chegada da pequena Ana se intensificou. Queria que tudo estivesse preparado para a chegada dela; nada de luxo, mas tudo feito com muito carinho… E fundamental; que fosse muito alegre!
Duas semanas antes da Ana nascer comecei a trabalhar de casa; a barriga já pesava, os pés começaram a inchar. Falava com a equipe de casa, faiza laudos e me conectava cada dia mais com a minha pequena Ana.
No dia 12/08 acordei com muito sono e muito cansada. Lembro que o Bruno ficou me perguntando algumas coisas em relação ao trabalho e eu demorei e responder. Às 7.30h fui fazer xixi e senti um liquido quente e em maior quantidade, mas achei que fosse só xixi. Comecei a fazer um laudo psicológico, recebi um e-mail do Bruno com os dizeres abaixo e morri de rir.

Oi Preta obrigado!

Já encaminhei para o Christian.

É hoje 21:50...........

Será? Voltei para a cama para ler um pouco e acabei adormecendo. Acordei 10.30h com a cama toda molhada. Minha bolsa havia rompido. Liguei para o Bruno e pedi que ele me buscasse. Liguei para meu medico e ele pediu que eu fosse ao consultório para ele avaliar. Tomei um banho, cantei e conversei com a Ana. Disse que eu estava preparada para recebê-la e que não via a hora de ver seu rostinho. Me arrumei com o vestido que queria, coloquei um absorvente, mas precisava de uma fralda geriátrica (rsrsrsr). Cheguei ao consultório por volta das 12.30h; feliz da vida, sorrindo, apesar das pequenas e suportáveis contrações. Dr. Jeferson fez o toque e acabou de romper a bolsa. Eu estava com 3 cm de dilatação. Fui para o Hospital da Unimed com todas as orientações prescritas por ele; não raspar, não colocar no soro. O atendimento demorou e eu andava de um lado para outro do corredor com um misto de ansiedade e alegria. Não sentia medo, só alegria…Bruno ao meu lado, cuidando da parte burocrática e da papelada.
Entrei mais ou menos às 13.30h na sala de pré parto e fui examinada por uma médica que disse que eu continuava com 3 cm de dilatação. Coloquei a roupa do hospital e fiquei andando pelo quarto, fazendo agachamento e respirando fundo a cada contração. Mainha chegou e foi minha doula. Massageou minhas costas, me disse palavras de incentivo e cuidava para que eu ficasse confiante. Aos poucos todos foram chegando; painho, sogro e sogra, Paloma, Lisa. E eu, só alegria… Retocando o gloss, apesar da toquinha enfeiando… queria estar bem para a chegada da minha Ana. (Sim, sou muito vaidosa e queria estar bonita, porque sei que assim iria amar ver as fotos de nós duas juntas).
Dr. Jeferson chegou às 15.30h e encheu o quarto de mais alegria. Brincava com as enfermeiras, com as outras grávidas, ria junto com o Bruno e a cada exame de toque fazia uma brincadeira para aliviar a dor. Não sei ao certo quanto tempo ficamos medindo a dilatação e o tempo das contrações, mas ele achou melhor entrar com a ocitocina para acelerar o processo. As dores aumentaram e eu preferi ficar deitada por causa do incômodo do soro. Também não consigo medir o tempo que demorei para ir para a sala de parto, mas já estava com 6 cm de dilatação e doía muito. O anestesita foi me atender, era um medico tranquilo e placido.  Apertei tão forte a mão da enfermeira, tadinha…
Começamos o trabalho. Posição mega desconfortável e a instrução de fazer força…apesar da dor, a sala de parto era só alegria com as brincadeiras do Dr. Jeferson. Ele chamava o Bruno toda hora para ver a cabecinha da Ana e deixava o ambiente confortável, apesar das circunstâncias e do entra e sai que me incomadaram no início. Achei melhor não chamar a família para assistir ao parto, achei que ficaria ainda mais incomodada com tanta gente me vendo sentindo dor, de pernas abertas e para o ar. Pedi à enfermeira que só chamasse depois que a Ana nascesse. Não sei quanto tempo passou, mas Dr. Jeferson começou a ficar preocupado com a demora. Disse que os batimentos cardíacos da Ana diminuiam e ela havia feito cocozinho e que isso era sinal de sofrimento fetal. Nessa hora já haviam outros dois obstetras no quarto que me ajudavam com a tal “força certa”. Doía muito e um medo de que desse errado começou a tomar conta de mim… Olhei para o Bruno que também demonstrava o mesmo medo, mas ela estava encaixadinha e só dependia de mim. Lembro que numa dessas forces gritei de dor e Dr. Jeferson falou assim: “Não é hora disso, sua filha precisa de você para nascer.”

Na próxima força, senti a cabeça descendo e me abrindo completamente até que ela saiu. NASCEU! NASCEU! Senti os ombros saindo, um depois o outro, e o corpo escorregar de dentro de mim. MINHA FILHA CHEGOU!!!

Essa emoção é difícil descrever;  êxtase, felicidade, uma sensação de estar  completa. Não há mais dor nenhuma, só alegria. A sala se encheu de uma alegria barulhenta, agitada e boa. Recebi vários beijos, inúmeros parabéns e meu coração se encheu…
Eu me curvei para vê-la chegando e cortei o cordão umbilical. Uma boca linda, chorando muito, um narizinho pequenino, linda e perfeita!!!

O Bruno estava chorando e eu não conseguia parar de rir e nem de olhar pra ela.

Ana nasceu às 20.33h do dia 12/08 (como o pai profetizou), numa quinta feira de lua nova, com  2,965kg e 49 cm, uma circular no pescoço que não foi problema para ela.
Hoje sei que muitos procedimentos não precisavam ter sido feitos, mas na hora só pensava em ajudar minha filha nascer e tive que confiar na equipe médica que cuidava de mim e da Ana.
Nessa hora chegaram as avós e a madrinha no vidro da sala. Eu só sabia rir e dizer que ela era linda. Repetia que o Bruno deveria tirar fotos e filmar… Estava totalmente consciente, inteira e pronta para recebê-la.

Colocaram a Ana no meu colo e ela olhava fundo nos meus olhos, sem chorar, como se quisesse dizer: “Cheguei. Você vai cuidar de mim?” Claro que vou filha, para sempre!Mamou um pouquinho e em seguida foi para os cuidados médicos. Já havia combinado com o Bruno que ele fosse atrás e não perdesse ela de vista.

Meu médico passou a cuidar de mim, costurar e episiotomia e esperar e placenta descer. Também não sei quanto tempo ele esperou, mas vieram vários medicos e enfermeiras que massageavam meu útero para que a placenta descesse. E nada…Eu não entendia a gravidade do que estava acontecendo, até meu médico me dizer que precisaria me abrir, isso mesmo, me abrir para tirar a placenta, pois ele não sabia o que estava acontecendo lá dentro e só tinha 30 minutos para finalizar a “operação”. Nessa hora eu chorei…Chorei pois tive medo da Ana ficar sem mim, tive medo da cirurgia, medo de morrer e uma frustração, pois havia lutado tanto para que ela nascesse de Parto normal e agora precisaria de uma cirurgia? Dr. Jeferson chamou o Bruno e lembro de ouvir o Bruno perguntar assim: “Mas não tem risco não né?” E Dr. Jeferson: “Tem risco sim.” A partir daí não lembro de mais nada, apenas de acordar perguntando pela Ana, querendo pegá-la nos braços.  Depois que tudo acabou meu médico explicou que eu tinha acretismo placentário e que ele teve receio de ter que retirar meu útero.

Quando saí da sala de parto já era quase meia noite. Eu havia ficado quase 3 horas longe da minha filha em seus primeiros momentos de vida. Apesar de sentir muito frio, sono e tremer muito por causa das inúmeras anestesias (Tomei geral, peridural, rack e local), quis que a Ana fosse colocada em meus braços e ela mamou como se já fizesse isso há muito tempo. Chorei olhando prá ela e agradeci a Deus por estar viva. Também não faço ideia de quanto tempo fiquei ali na sala de observação com a Ana nos braços. Eu tremia tanto que pedi ao Dr. Jeferson para colocar alguma coisa ao lado da maca para proteger a Ana. Subi para o quarto às 00.30h e a partir daí uma nova história começava a três. E uma alegria cada dia maior tomava conta de nossas horas!

A Ana é só benção em nossas vidas, um anjinho, um presente, uma alegria constante!

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Por que um blog?

Acompanho vários blogs; sobre moda, sobre maternidade, recursos humanos e alguns sobre mães e filhos...De tanto acompanhar e pensando no quanto minha Pequena é cheia de graça, resolvi criar este blog para ela.

Enquanto Ana ainda não fala, vou postar reflexões sobre a maternagem, cartas para ela ler quando crescer, vídeos e fotos engraçadinhas...Depois, quando vierem as primeiras palavras e as muitas descobertas, elas ficarão aqui registradas. Para a eternidade.